AGUCE


O que é o AGUCE?

Não sabemos se um dia conseguiremos explicar.
Um misto de filosofias?
Uma fuga do Pragmatismo?
Sonhos de jovens idealistas?
Uma experiência transcedental em busca de luz?
Uma experiência anárquica?
Uma misantropia sensível?
A negação ao Ser valorizando a Ideia?

Depende de cada um, depende do momento, qualquer um o vê como o espera, contanto que seja um escape às futilidades do cotidiano, da rotina, do status quo. Abandone o Pragmatismo, o Pragmatismo representando a promiscuidade da vida, a limitação de todos, a hipocrisia de nossas relações sociais.

Com este blog pretendemos refletir, simplesmente uma reflexão sobre tudo ou quase tudo e convidar quem quiser a se juntar à nós. Um lugar para você externalizar tudo, exteriorize tudo que está em sua cabeça, utilize este blog como Zeus utilizou Hefesto. Escreva de tudo, de uma receita de bolo à uma resenha musical, passando por poemas e teorias. E o mais importante: Não importa quem você É, importa o que você SENTE, não precisamos botar o Ser na frente do Ter, precisamos abandonar os dois. Se abandone, não importa sua pessoa, sua identidade, seu SER, somente importa suas emoções, seus sentimentos, sua IDEIA.
Aqui não existe qualidade, existe criatividade e sensibilidade
. Todos podem escrever, basta mandar sua IDEIA para nosso e-mail e a publicaremos, e à escritores assíduos daremos a senha. culturaaguce@hotmail.com
Um grande movimento contra o Pragmatismo.
Junte-se a nós.

Abandone o Pragmatismo!
A vida é realmente mais do que somente isso!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

As Hipocrisias do Bicho Homem (Anônimo)

Não sou anônimo
Eu tenho nome
Não sei meu nome
Mas fui nomeado
Classificado
Estereotipado
Após ser analisado

Mania do homem
Precisa entender
Deve compreender
Sem perspectiva
Sem trabalho de pensar
Sua mente pouco ativa
Se recusa a raciocinar

Nasci humano não cidadão
Por isso não me levam em consideração
A não ser que eu tenha a minha certidão
Na qual fui nomeado
Classificado
Estereotipado
Após ser analisado

Analisado não pelo homem
Mas pela sociedade
Que não corresponde a minha idade
Minha geração
Estereótipos e classificação
Idéias impostas
Sem nossa opinião

O ser humano é nominalista
Pouco racionalista
Extremamente empirista
Etnocentrista
Sexista
Falta perspectiva

Sou simpatizante da ideologia anarquista
Alguns julgam nilista
De novo falta conscientisação
Bicho pouco racionalista
Me incomoda a falta...
...de estudo
Educação PARA MIM é coerção
Sou a favor de propor informação


Eu tenho nome
Não sou anônimo
Não sei meu nome
Só sei o qual foi me dado
Que está na minha certidão
E que infelizmente só assim me torna um cidadão
Com o direito de exercer minha opinião

Demo é povo,
mas só é povo o cidadão
Apartir do momento
Em que só tem direito quem é registrado
E tem uma certidão
Com um nome que lhe foi dado
Taxado, não votado

Para ampliar seu conhecimento (enviado a nós por um amigo)

Outro dia comecei a pensar sobre como poderia me expressar
Qual a melhor forma de passar minha mensagem minhas idéias, melhor dizendo minha ideologia, minha cultura? Claro que não no conceito geral de cultura imposto a sociedade em que vivemos e sim no real significado de cultura, elementos que juntos te identificam como parte de uma cultura, não necessariamente o que integra a sua nação...
...enfim
Acredito que musicalmente o Rap seja a melhor forma, mas é cru de mais falta sentimento que por uma voz seca e fria, não generalizando nunca é claro, isso sou eu e não necessariamente você, eu não sinto...E para mim a melhor forma de passar a sua mensagem não será apenas através do seu discurso, se você quiser que te compreendam é preciso passar seus sentimentos através da musica...
Musica é isso, sentimento, tem que ter feeling mesmo, e se você acha isso gay vai a merda, não sou, mas e se fosse ? Teria algum problema nisso ?
Entenda o seguinte, não pretendo ser moralista, como menciono o tempo todo, é a minha opinião e não necessariamente a sua se concordar ótimo, se não, fazer o que ?
...enfim
O Rap é ótimo pra passar uma mensagem, mas não uma ideia, mas não para compreenderem o que você sente, estou falando em um patamar social e político e não de assuntos pessoais e egoístas como a maioria dessas bandas emo metidas a popzinhas  falam ou como esses coloridos rebeldes sem causa acham que são o novo punk...Nada contra você escrever sobre ser corno ou outro assunto a caráter, aqui eu falo de música como protesto e não como música arte que é questão de opinião e aminha é provavelmente tão longa quanto esse texto haha...
...enfim, vou evitar ficar trocando de assunto e serei direto de uma vez
Eu acredito, e isso sou eu, que a melhor forma de você se expressar é através do Hardcore/Punk, musica rápida, pesada, emotiva, em um show de hardcore eu expresso toda raiva, todo ódio comprimido, e isso porque ainda nem fiz meu primeiro show como vocal, xingue, grite, exponha o que você sente da melhor forma que encontrar, é terapêutico haha...
Só estou dando uma ideia, se imponha contra o que você considera errado, pra mim errado é um rap cantar sobre a grana que ele ganho fazendo rap, como ele tem mulher pra caralho e no que ele gasta o dinheiro dele ao em vês de aproveitar a fama para criticar a merda que é a desigualdade social entre outros problemas que provavelmente vocês terão a oportunidade de ler neste blog...
Bom, para quem ficou interessado no Hardcore/Punk, alguns vídeos e traduções de letras que eu curto muito:

Poison Idea – It’s an Action
“[…]You can’t change the world, but you can change your self [...]”
“[...]Você não pode mudar o mundo, mas pode mudar você mesmo[...]”

Black Flag – Rise Above
Esses caras são pra mim os Beatles do Hardcore/Punk

“Jealous cowards try to control
Rise above
We're gonna rise above
They distort what we say
Rise above
We're gonna rise above
Try and stop what we do
Rise above
When they can't do it themselves

We are tired of your abuse
Try to stop us it's no use

Society's arms of control
Rise above
We're gonna rise above
Think they're smart
Can't think for themselves
Rise above
We're gonna rise above
Laugh at us
Behind our backs
I find satisfaction
In what they lack

We are tired of your abuse
Try to stop us it's no use

We are born with a chance
Rise above
We're gonna rise above
I am gonna have my chance
Rise above
We're gonna rise above

We are tired of your abuse
Try to stop us it's no use

Rise above
Rise above
Rise above
We're gonna rise above
We're gonna rise above
We're gonna rise above”

Mukeka di Rato, meu Hardcore nacional favorite:
Visual é tudo

Praia da Bosta, esse show eu tava, não é o vocalista da banda que está cantando, é uma garota que subiu no palco.

Nazi Tolices

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Abandono da Verdade

               Vou abandonar a verdade, vou abandoná-la por que não acredito mais nela. Depois de tantas decepções não confio mais, se já acreditei que existia uma verdade, a minha verdade, me desculpem. Só agora amadureço e vejo que aquele sentimento de certeza que você sente em uma situação qualquer, o outro sente da mesma forma só que ao contrário. Toda aquela certeza absoluta se esvai quando nos tocamos que a verdade não existe, e que você não pode estar certo se existem tantos pontos de vistas diferentes do seu, afinal, por que não são eles os "certos"?
               Mas não pense que por eu estar "errado" você esteja "certo". Não há certo nem errado, há diferentes formas de se pensar. Mas pior que um "pecador" arrependido é alguém que peca e não percebe, alguém que acusa o outro de algo que faz frequentemente, um cego. Vou tentar abandonar a verdade, tentar mudar, mas meu caminho longo já começou, já me olhei no espelho e refleti profundamente sobre o que faço, sobre o que não faço, sobre o que farei. Para você ainda falta olhar para dentro de si e refletir. "As vezes não tomo a minha posição com certa?", "Não tomo pré-julgamentos predispostos em somente minha opinião?", "Minha crença de ser melhor que os outros não é uma crença falsa? Afinal o que é melhor para mim não é melhor para o outro", "Minha arrogância não é somente um escudo?".
             Talvez eu falhe, provavelmente falharei algumas vezes, mas sempre que me ver sendo dono da verdade me castigarei por dentro, me instigarei a mudar. Me corrijam! Não deixem a verdade me seduzir! Mas espero que vocês, adoradores da verdade de todo o mundo, recebem este texto como uma crítica construtiva, uma crítica à verdade. Olhá-lo já predisposto a não gostar já será seu primeiro erro. Não estou dizendo que estou certo, é apenas a minha opinião, talvez você esteja certo, ou ele, ou todos estão errados.
             Ou não, sei lá...
           

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Escola, uma paródia de si mesma.

ESCOLA, UMA PARÓDIA DE SI MESMA
UMA BREVE CRÍTICA À INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL


A última coisa que ouvi naquele dia foi o “boa-noite” de minha mãe, seguido por certas considerações de como seria meu futuro e como eu iria “ser um nada na vida” se não dormisse logo. Havia certas coisas que ainda queria fazer, mas não pude porque já eram dez horas.
Outro dia veio, meu olho está embaçado, apenas sei que estou em um carro, nem lembro como fui parar lá. Olho no relógio e são sete da manhã, há pouco o sol acordou e já me sinto seguindo ele. Vou para a escola, para o leste enquanto o sol ainda está acordando e volto ao oeste, minha casa, desta vez chego um pouco antes dele.
Já estou em sala, sentado, me sinto um zumbi, andei até minha sala sem pensar, como um autômato que repete suas ações todos os dias, 200 dias por ano. A minha frente há um homem falando coisas ininteligíveis, captei algum “x” ou “y” e juro que ouvi algo sobre uma fração de algo que todos estavam comentando.
Passaram-se 50 minutos, os “xizes” e as frações sumiram. Agora, estávamos ouvindo sobre a importância do meio tecno-científico informacional do pólo tecnológico de Massachusetts. Pensei que era um trava-língua ou algo do tipo, algumas horas depois descobri que seria uma das expressões mais simples que iria ouvir no dia.
Mais outros 50 minutos, estes que eram um “tempo” de aula e agora era vez de Kepler, agora sim, que estava em estado de prestar atenção em algo, descobri que a força centrípeta media a velocidade tangencial através da fórmula que dizia que esse valor viria através do produto da massa de um corpo pelo quadrado de sua velocidade e a divisão disto tudo por dois. Mentira. Não sei nada disso, meu caderno está aqui ao meu lado e copiei tudo isso dele. A única coisa que se passa na minha cabeça é o recreio que se aproxima a cada segundo, o jogo de futebol ao qual eu iria entrar e a liberdade de ir e vir que me seria concedida.
Já faz três horas que estou aqui e agora é a vez do inglês, ou é melhor “it’s time for the English” porque com uma turma de 30 alunos onde 25 fazem aula em algum curso especializado esse é mais ou menos o número de palavras que a professora é capaz de falar antes de ser interpelada por bolas de papel, pedaços de giz e gritos nada relacionados à aula.
Mais um tempo de nada, mas este próximo prometia ser melhor (e até seria, se alguém me explicasse qual é a mensagem do RNA mensageiro). Após uma hora de árdua investigação, descobri algo sobre os nucleotídeos, que estavam relacionados ao ácido ribonucléico, que, às vezes, tinha o prefixo desoxi inserido em seu nome (mas isso é mistério para outro dia).
Depois da Biologia, finalmente chegou o tempo de Educação Física. Ó Deus são e sábio, Deus que traz a alegria e suporta a euforia causada por ela. Deus que se preocupa até com os menos dotados de saber e inteligência. Ó Deus que é capaz de criar felicidade mesmo a partir da imposição e de fazer animação de onde havia apenas tédio. Rogamo-vos preces para que não nos abandoneis e para que, enquanto houver catorze assuntos diferentes para se escrever no quadro-negro, ainda assim exista mesmo que um único tempo onde aprender seja algo gratificante e extasiante – um tempo onde a correria irracional e animalesca de jovens despreocupados possa ser mais interessante que um debate protagonizado por Sócrates ou Aristóteles. Estes são meus pensamentos nos dois minutos entre a sala e a quadra. Mas eis que ouço o professor dizer:
- Gente, se arrumem em grupos de cinco. Hoje aprenderemos as regras básicas do basquete!
Melhor não dizer o que eu penso de Deus neste momento, pois me parece inadequado para um trabalho escolar (e veja: novamente a escola limita minha liberdade de expressão!), mas talvez tais pensamentos não se ajustem nem a uma conversa de bêbados num boteco qualquer. Já assistimos a muita baixaria no Horário Político.
Enfim, chega o almoço, horário sagrado! Uma hora inteira de liberdade para comer e conversar sem reprimendas. Pena que essa hora passe tão mais rápido que os meros cinquenta minutos de aula.
Após o almoço, voltamos para assistir à aula da tarde (famosa aula da tarde), que tem até um nome diferente. As pessoas não voltam para assistir à aula – elas voltam para assistir à aula da tarde.
Como sempre, começamos com História: II Reinado, Guerra de Paraguai, D. Pedro, liberais, conservadores, luzias, saquaremas e muito mais. Pena que durou tão pouco, era a única aula na qual eu não me sentia um alienígena alheio a tudo o que era dito à minha volta, pelo menos sabia que estava no país certo.
Houve mais três “tempos” de aula, dos quais não me recordo mais, mesmo porque nestes, a única coisa que eu tentava entender era o sentido de tudo aquilo.
Por que pessoas velhas acham que podem criar leis para ensinar os novos? Por que uma pessoa tem que estudar tanto para fazer uma prova e com isso ganhar o direito de aprender coisas que só tem relação com duas ou três das quinze matérias impostas? Por que o ensino é tão padronizado tornando-se desinteressante para o aluno? Por que os mais inteligentes nunca são estimulados a usar esta capacidade?
Estas e mais perguntas sobre a paródia que a instituição escolar é de si mesma ainda não foram respondidas. Mas como seriam? Os velhos que criam as regras não são mais sujeitos a elas, por que eles iriam se importar? Sentados em suas cadeiras, já caducos. Provavelmente nem se lembram do dia em que suas cadeiras acolchoadas eram carteiras de metal e madeira, em vez de uma porta à sua frente havia um quadro com códigos indecifráveis e nenhuma secretária lhes oferecia café, mas sim uma mulher os mandava calar boca, olhar para frente e prestar atenção na aula, pois sem isso ele não seria nada na vida. Falavam-lhe que estavam apenas querendo garantir o seu futuro. Que futuro.

Vale ressaltar que não tenho mais a mínima idéia do que é um predicado verbo-nominal ou como dizer a função sintática de uma palavra. Não me lembro quais são os tipos de sujeito e nem como se forma um advérbio, espero que isso não tenha estragado este texto e nem destruído minhas possibilidades de futuro.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

––Eu e meus amigos às vezes saímos para jogar bola.
––Legal! Vocês têm time, uniforme, patrocínios, jogam em algum campeonato?
––Não, não. Agente joga para se divertir mesmo!
–– Mas vem cá, você gosta de matemática, física?
–– Não, eu me interesso por outras coisas.
––Há Há –– uma típica risada irônica –– Aqui Reinaldo! O menino não gosta de MATEMÁTICA!
–– Há Há –– ri Reinaldo –– Menino ta igual a cego no tiroteio, predidinho na vida! Encontra um rumo nessa sua vida, não vira um daqueles malucos não!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Você

Você
agora o que ressurge é Você
só Você
o mundo passa e eu me esqueço de vivê-lo
só Você
agora o que ressurge é Você
Você

me ensine a crescer
me ensine a sofrer
me ensine a viver
me ensine a ser

tua beleza subjetiva me fascina,
me ensina
me domina
extermina
minha razão

o fogo da paixão me controla
e eu não posso dizer não
à Você
Você, que ronda meus sonhos
Você, o amor idealizado
Você, sente o mesmo?
Você, sente o mesmo?
Eu presico saber...
Você precisa saber...




Decomposto da sonoridade de  Awake - Akron/Family & Angels Of Light