AGUCE


O que é o AGUCE?

Não sabemos se um dia conseguiremos explicar.
Um misto de filosofias?
Uma fuga do Pragmatismo?
Sonhos de jovens idealistas?
Uma experiência transcedental em busca de luz?
Uma experiência anárquica?
Uma misantropia sensível?
A negação ao Ser valorizando a Ideia?

Depende de cada um, depende do momento, qualquer um o vê como o espera, contanto que seja um escape às futilidades do cotidiano, da rotina, do status quo. Abandone o Pragmatismo, o Pragmatismo representando a promiscuidade da vida, a limitação de todos, a hipocrisia de nossas relações sociais.

Com este blog pretendemos refletir, simplesmente uma reflexão sobre tudo ou quase tudo e convidar quem quiser a se juntar à nós. Um lugar para você externalizar tudo, exteriorize tudo que está em sua cabeça, utilize este blog como Zeus utilizou Hefesto. Escreva de tudo, de uma receita de bolo à uma resenha musical, passando por poemas e teorias. E o mais importante: Não importa quem você É, importa o que você SENTE, não precisamos botar o Ser na frente do Ter, precisamos abandonar os dois. Se abandone, não importa sua pessoa, sua identidade, seu SER, somente importa suas emoções, seus sentimentos, sua IDEIA.
Aqui não existe qualidade, existe criatividade e sensibilidade
. Todos podem escrever, basta mandar sua IDEIA para nosso e-mail e a publicaremos, e à escritores assíduos daremos a senha. culturaaguce@hotmail.com
Um grande movimento contra o Pragmatismo.
Junte-se a nós.

Abandone o Pragmatismo!
A vida é realmente mais do que somente isso!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Solidão

Estando o homem em seu sono profundo
Acordo eu, sozinho no mundo
Mundo belo, velho, imundo
Teor alcoólico de sonhos sem dono

Estando o tempo parado eternamente
Caminho eu por entre os corpos dormentes
Sou eu o último dos seres viventes
Caminho só - não tenho sono

Não tenho dono
Não tenho sono
Não tenho como
Vencer o vazio que me cerca,
Que me preenche, me sufoca,
Embora a morte me pareça certa
Não é nada mais que esperança remota

Lá vou eu andando por ruas sem lei
Cá estou eu sentado em trono sem rei
E sigo andando a esmo, pois sei
Que um louco não tem camaradas

Transito sem parar entre o fictício e o real
Sigo andando a esmo, buscando meu próprio Graal
Não há o menor vestígio de vida (planta, homem ou animal)
O louco segue sua estrada

Na aurora de uma nova era
Vejo nascer da terra
Um filhote de bambu

Já não há mais corpos no chão
Me visto com o manto da solidão
E percebo que estou nu

Somos só eu e o bambu
Que agora já é forte, garboso
E dentro de seu tronco tão grosso
Vejo que estou eu, nu (-surpresa-)

Já não é mais um bambu
É um abutre, um urubu
E ele consome meu corpo
Bica meus olhos, me faz mais louco
Louco ao ver que durou pouco
A esperança de companhia

E volto eu à minha peregrinação
Envolto na fúnebre mortalha da solidão
Abandono de vez a razão
E vejo meus pensamentos se reduzirem ao pó

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